Quando se está perdido,
E não se sabe se encontrar,
É como ser órfão Divino
E sentir-se louco, vago a vagar.
Quando se está sozinho,
E não se sabe a quem buscar,
É feito lamina de agudo fio,
Abrindo o coração a sangrar.
Ó vida!
Sofrer foi pra que me fizeste,
Só tristezas em mim se oferecem...
Onde está o consolo da lagrima,
Ou à vontade e busca d'alma?
Nos ventos, se perdem os meus gritos...
Dentro calam, por não se fazerem ouvidos!
E é como se um abismo me traga-se...
Onda beijando o grão de areia a beira-mar...
Bebendo dos leitos de estranhos seios,
Esqueço o que sou, e não sei o que de mim será.
Náufrago, engendro as águas do amor,
Não as pude navegar, somente desaguar...
Nessa ilha, sozinho... Sei que um dia me vou!
Abrindo o mar, e o coração a sangrar.
Ó vida!
Abre teus braços, entre põe-me em afagos!
Pulsando, aperta-me rente ao teu peito bravo!
Não torne pelos ventos meus gritos mudos...
Que soem ecoando aqui e n'outros mundos!
Filho das estrelas humildes... Nos céus longe a brilhar,
Senhor de si! Do peito, em amor... Coração a sangrar.
Hugo Vinícius
SP Capital 08/06/09.
duaois
Há 12 anos
Você é um Anjo e a cada dia que passa tenho mais certeza disso!
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