sábado, 20 de junho de 2009

Vidas de Santa Rita...

Mira! Linda Morena, as plagas.
Do céu, fulgurantes a espelhar-te.
Pesca-lhes as estrelas infantes,
Põe-nas flamejantes, a vossa clave.
Sejam companheiras de tua beleza.
Toma do lagar, solve o seu melhor vinho!
Divaga a vida que se segue volvente...
Cantando nas praças, delas fazendo ninho!

Ouve! Linda Morena, esse cantar.
Do pássaro noturno, difuso... Soturno.
Vozeando poemas, sem papel ou pena,
Trovador de jornadas – Um vagabundo!
Que das quimeras, creu atrozes verdades.
Quis os vastos horizontes, se criou sozinho.
Viajante, destemido nômade, crido cantor,
Cantando nas praças, delas fazendo ninho!

Saiba! Linda Morena, dos ventos ermos.
Que seguem cavalgando pelas multidões,
De homens perdidos, dos barcos a deriva...
Nessa vida preterida, de confusos corações.
Buscam desnorteados, em prantos molhados,
Seguem em cio de amor, trilham léguas a fio.
Tais homens, estrelas cadentes, rompem céus,
Cantando nas praças, delas fazendo ninho!

Hugo Vinícius.
Santa Rita do Passa Quatro - SP
20/06/2009. Outono.

A Alexandra, madre inspiradora desse desatino.

Um comentário:

Faça-se exprimido, e te tragarei pelos olhos feitos ouvidos.